quarta-feira, 19 de julho de 2017

Dia 14 | Fazendo fãs

Hoje na Carpintaria das Irmãs, enquanto produzíamos briquetes para testar diferentes madeiras e misturas de serraduras, acho que fiz um amigo, o Nivaldo. Perguntou o meu nome, se eu tinha filhos e a minha idade, por esta ordem. É esta a prioridade dos esclarecimentos. O puto é super querido. Ainda foi buscar uma cadeira para eu me sentar enquanto o Martim fazia os briquetes, e ainda nos trouxe um pedaço de fruta-pão assada.
Lembrei-me do polícia que ontem veio falar comigo na bomba de gasolina, o Fernando. Achou piada ao meu nome, por ser o mesmo do da mãe dele, Maria Inês. Mostrou-me o Bilhete de Identidade para eu comprovar o nome da mãe.
Tal não foi possível.
A fotografia dele aparecia em frente ao nome da mãe. LOL Aqui em STP, parece que os BI's não são assim tão bem plastificados. Tinha 48 anos e perguntava-me o que era necessário para casar com uma estrangeira. “ Bem, se calhar o melhor era não falares com esse bafo a álcool às 3h da tarde”, pensei eu. E era polícia, fardado.

Produzimos 3 diferentes tipos de briquetes:
- Pau vermelho
- Pau vermelho + Amoreira
- Pau vermelho + Amoreira + Cidrella (serradura grossa)

Almoço de peixe, com frutas de sobremesa e ainda fui comprar dois bolinhos de côco. E mais um à tarde. Voltou-se a falar do projecto de Sábado porque muitos ficaram descontentes. Nova conclusão: o Sábado é livre, as pessoas precisam de tempo para si próprias.

Preparámos a primeira Banca dos Briquetes e lá fomos nós para o Cruzamento do Sr. Virgílio, aqui no nosso bairro. A 3 casas da nossa. É uma zona de forte movimento de bancas, motoqueiros, moscas, cães com feridas, tudo.
Rapidamente, fomos engolidos pelas crianças. Todas queriam mexer na serradura, todas queriam fazer briquetes. Levámos a prensa de madeira do Bô’16, foi muito giro! Animou-me.
Aliás, já estava animada de manhã, se calhar foi por isso que tudo correu bem: produção de briquetes de manhã e sensibilização à tarde.

Às 17h fomos a uma reunião na Cruz Vermelha, aqui em Neves. Foi assim que ficou definido o projecto de Sábado da casa WACT. A sério, já não conseguia ouvir mais nada sobre o projecto de Sábado. Que exagero de conversas e mais conversas sem qualquer objectividade. Próximo Sábado: limpar Santa Catarina. Sábado seguinte: caminhada aos túneis e cascatas. Parece-me lindamente.
Éramos 11 pessoas da WACT e umas outras 11 da Cruz Vermelha, e a apresentação de todos consistiu numa festarola, em que todos batiam palmas e cantávamos:

(todos sentados) Havaiana… Havaiana uéé.. Havaiana… Saia de boneca…
(cada um vai na sua vez desfilar ao centro) Eu sou a Inês… Tenho 27 anos… E quem não me conhece…
(todos sentados) Fica a conhecer agora…
Havaiana.... Havaiana uéé... Havaianaaaa...
…Mais palmas…Sempre palmas…

Tanta festarola ao início, a conversa posterior fez-nos quase adormecer.

Ao jantar, todos se queixaram do sabor do esparguete. Ao que parece, o Martim colocou um briquete no fogareiro pois o carvão estava a terminar. E parece que alterou todo o sabor. Incrível. Se calhar, nos outros projectos com briquetes eles são utilizados para aquecimento, e não na cozinha.

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